quarta-feira, 18 de maio de 2011

As coisas pequenas (Charles Spurgeon)

[Charles Spurgeon] 

Somos incapazes de realizar o mais humilde ato da vida cristã, se não recebemos de Deus o vigor do Espírito Santo. Com certeza, meus irmãos, é nestas COISAS PEQUENAS que geralmente percebemos, acima de tudo, a nossa fraqueza. Pedro foi capaz de andar sobre a água, mas não pôde suportar a acusação de uma criada. Jó suportou a perda de todas as coisas, porém as palavras censuradoras de seus falsos amigos (embora fossem apenas palavras) fizeram-no falar mais amargamente do que todas as outras aflições juntas. Jonas disse que tinha razão em ficar irado, até à morte, A RESPEITO DE UMA PLANTA.

Você não tem ouvido, com certa freqüência, que homens poderosos, sobreviventes de muitas batalhas, foram mortos por um acidente trivial? John Newton disse: "A graça de Deus é tão necessária para criar no crente a atitude correta diante da quebra de uma louça valiosa como diante da morte de um parente querido". Estes pequenos vazamentos precisam dos mais cuidadosos tampões. Nas coisas pequenas, bem como nas coisas grandes, o justo tem de viver pela fé!

Crente, você não é suficiente para nada! Sem a graça de Deus, não pode fazer coisa alguma. Nossa força é fraqueza - fraqueza até para as coisas pequenas; fraqueza para as situações fáceis, bem como para as complexas; fraqueza nas gotas de tristeza, como também nos oceanos de aflição. Aprenda bem o que nosso Senhor disse aos seus discípulos: "Sem mim nada podeis fazer" (João 15.5).


Fonte: Editora Fiel - Devocional do Mês, 2ª edição, Maio/2011. Via e-mail. [http://www.editorafiel.com.br/artigos_detalhes.php?id=198 ]

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Você é um Verdadeiro Membro de Igreja?

[por Conrad Mbewe]

"Muitos crentes vão à igreja da mesma maneira que vão aos Correios. Não sabem quem abriu a agência ou a limpou. Não se importam com quem mais ali está, exceto os funcionários no balcão. Tudo que desejam é enviar suas correspondências e ir embora. Nem mesmo se interessam em olhar rapidamente para as outras pessoas que estão na fila, a menos que alguém lhes chame pelo nome. Se isto acontece, então se voltam e conversam um pouco com aquela pessoa.

Isto é o que acontece a muitos crentes. Tudo que lhes interessa é desfrutar do culto, do pastor e de sua mensagem. Não sabem quem abriu o templo, quem o varreu, colocou os hinários nos bancos, etc. Tudo que desejam é ouvir o sermão e desaparecer, voltando para casa. Se alguém os cumprimenta, então param, conversam um pouco antes de sumirem, retornando para casa.
Com certeza, isso está errado. Todo crente deveria ser um membro ativo de sua igreja. Se você é culpado desse tipo de atitude em relação à igreja, deve parar. Precisa tornar-se membro de uma igreja local e fazer que sua membresia seja significativa.

Isto é o que Bíblia ensina com a expressão .em um corpo., encontrada no versículo que citamos no início. Em sua conversão, você foi espiritualmente unido ao corpo de Cristo. Isto acontece porque a salvação assemelha- se a um pacote. Inclui regeneração, justificação, adoção, habitação do Espírito, etc. Um dos elementos deste pacote é a união com Cristo, ou seja, o processo pelo qual o Espírito Santo o enxerta no corpo de Cristo, de modo que você se torna um membro orgânico desse corpo (1 Co 12.12-13), ao invés de um membro autômato.

É necessário que esta experiência espiritual seja traduzida para termos concretos por meio de sua deliberada união visível a um grupo de crentes. Por causa de nossa união espiritual com Cristo, ajuntar-se a um grupo de crentes tem de ser desejado por você. Precisa haver em você o desejo de pertencer ao povo de Deus, que constitui a família dEle. Isto é o que significa ser membro de uma igreja: é uma expressão externa e objetiva de uma experiência subjetiva e íntima.

O Novo Testamento não menciona qualquer coisa a respeito de crentes que não se importam com a igreja e vivem isoladamente a vida cristã, andando para lá e para cá. Você tem de pertencer a uma igreja local. Existem muitos crentes que são semelhantes a ervas aquáticas, vivem flutuando de igreja em igreja. Não pertencem à membresia de nenhuma delas, mas estão presentes a todas as .poderosas. reuniões da cidade. Onde for aberta uma nova igreja, ali os encontraremos. E, se outra igreja for estabelecida, tais crentes mudarão para ela.

O seu crescimento espiritual é o motivo pelo qual Deus deseja que você se torne membro de uma igreja. Tornar-se membro ativo de uma igreja não é opcional ao seu crescimento na santidade. As inevitáveis implicações de pertencer à membresia de uma igreja podem ser resumidas na palavra .responsabilidade., sendo esta uma responsabilidade que temos indiretamente para com Deus e diretamente uns para com os outros. Considere o exemplo dos discípulos apresentado no Novo Testamento (At 2.42-47; 4.32-35).

Este é o motivo por que sua membresia a uma igreja não pode consistir apenas de um registro formal no rol de membros. Precisa ser expressa em envolvimento prático em toda a vida da igreja. Torne-se semelhante a um filho que se envolve positivamente nas tarefas do lar.

Você é um verdadeiro membro de igreja? Se não, acabe com essa atitude imediatamente! Se é membro de uma igreja, você é responsável? Existe uma diferença real entre você e os visitantes? Pense sobre os membros de sua igreja, você os conhece, está orando e se interessando por eles, a fim de ajudá-los em suas necessidades? Torne-se agora um responsável membro de igreja."



sexta-feira, 29 de abril de 2011

Você não pode fugir!

O AMOR QUE NUNCA NOS DEIXARÁ
[by Fellipe Mastrillo]


"15 de agosto de 1878,
 
Antes
 
Eu estou tentando fugir a mais de um mês. Mas parece que cada vez mais estou encurralado. Sei porque sinto essa sensação estranha de que ele me pegará a qualquer momento; a qualquer hora. Talvez quando eu dobrar a esquina ou quando chegar em casa. Não sei realmente se conseguirei escapar, mas o meu coração, teimoso e enganador, diz para eu seguir em frente. Vai. Diz que é melhor assim. Afinal de contas, eu estou livre novamente. Mas todos nós sabemos, coração, que estou mais preso do que antes. Numa cela mais fria, mais desumana e mais triste, onde os dias são tão escuros como as noites de lágrimas e sofrimentos.

Estou tentando fugir. Mas por que ainda penso que escaparei ileso? Não sou mais inteligente do que ele. Não sou mais astuto. Não sou mais rápido. Não tenho recursos. E cada dia que passa, fico ainda em situação pior. Não consigo dormir por causa da consciência pesada. Não consigo encontrar mais nenhuma satisfação. Nada. E embora as pessoas não saibam que sou um fugitivo, tendo a me esconder delas. Não consigo me relacionar direito; pensar direito. Vivo no mundo onde único habitante sou eu. Onde também sou o criador dele.

É horrível.

Depois

Ele me achou. Encurralou-me. Não há mais saída. Não há como escapar. Não há como fugir mais, simplesmente porque ele cuidou de tudo até nos mínimos detalhes e tirou de mim toda chance de escapar de suas mãos. Ele me achou e agora percebo claramente, tão claro como vejo uma árvore em um dia ensolarado, que foi inútil tentar fugir dele. No final das contas, eu era como uma zebra tentando fugir de um leão em campo aberto. Ela não conseguiria, eu não consegui. Agora estou aqui, em um canto da minha casa, onde menos eu esperei que ele pudesse me achar, escrevendo essas últimas linhas até que finalmente eu me renda e me entregue. Ouço seus passos se aproximando. Ele está aqui. A maçaneta começou a girar lentamente. É o fim. Ele me encurralou. Não tem como escapar mais.

Escute, fugitivos, não importa o quanto você corra, ele corre mais. Não importa onde você se esconda, ele te achará. Não importa o quanto você fuja, ele te encurralará. Você será pegue. Você será achado. Um hora ou outra, quando você menos esperar: você será encurralado.

Escute, fugitivos, ninguém nunca conseguiu escapar de suas mãos. Ninguém. Então, não perca tempo tentando, porque simplesmente não há salvação nesse sentido.
 
Ele então entrou no quarto, onde eu me escondia e se aproximou de mim.

- Eu me rendo - Eu finalmente disse. Larguei as armas no chão e cai de joelhos aos seus pés.

- Eu já lhe disse, meu filho - ele falou amorosa e firmemente como só ele faz bem. - Você é meu. E eu nunca perco nenhum dos que são meus.
 
Aqui, eu encerro a minha fuga: Deus nunca deixará que um filho seu se perca. Não deixará, por mais que você tente fugir. Ele irá te encurralar até que você perceba que a sua vida já não tem mais sentido algum se não for ao lado daquele de quem ninguém escapa. Assim como fez comigo. Se você é filho verdadeiro, você nunca será feliz enquanto não se render. Não fuja mais. Não adianta. Ele irá te achar. Ele irá fazer isso custe o que lhe custar.

E lembre-se sempre e não pense que será diferente com você:

Você é dele. E Ele nunca perde nenhum dos que são dele.

Por isso, renda-se agora mesmo. Esse é o amor que nunca nos deixará. "



terça-feira, 5 de abril de 2011

Desafio aos novos reformados

Cito as palavras do Rev. Augustus Nicodemos Lopes escritas em seu post "Um culto em Mars Hill Church", que nos convidam a uma reflexão de qual deve ser a nossa postura, enquanto novos cristãos reformados a se levantarem no mundo, e de forma especial no Brasil, especialmente no que diz respeito ao equilíbrio entre princípios bíblicos para o culto cristão e comunicação com nossa cultura e com os não crentes. A conclusão de seu post foi:

"Mas, penso que o princípio por detrás de Mars Hill merece nossa consideração. Ou seja, que nós, reformados no Brasil, precisamos encontrar uma maneira de ser reformados que seja mais eficaz e relevante para nossa própria cultura, sem comprometer princípios bíblicos. Precisamos refletir seriamente sobre o quanto na tradição reformada é inegociável por ser bíblico, e o quanto pode ser alterado e mudado por representar apenas a maneira reformada de ser de nosso pais e avós séculos passados."

 Este é um dos grandes desafios para as igrejas de fé reformada no Brasil, e também no mundo. Encontrar esse equilíbrio. Não estar focado em tradicionalismos ou formalidades que não fazem parte do ensino bíblico. Não se prender em coisas do passado que são negociáveis, mas também não abrir mão do que é inegociável. Não pregar nada além de Cristo, não precisar de marketing ministerial, mas também não desprezar o diferente, aquilo que aproxima a igreja dos perdidos e da realidade cultural em que estamos inseridos.

Isso é muito difícil. Normalmente, cambaleamos para um dos dois extremos: ou somos tradicionalistas e nos prendemos a formalismos, excluindo formas diferentes de alcançar o mundo (como estilos musicais, ordens de culto, maneiras de ministrar a Palavra, estilos de vestir, etc); ou, no outro extremos, abrimos mão da verdade bíblica, da reverência e respeito que devemos ter ao cultuarmos a Deus e do foco em Cristo e sua Palavra, e passamos a nos preocupar apenas com o que irá agradar ao público-alvo. Nenhuma das duas coisas é boa. Precisamos encontrar o meio-termo diante de tudo isso, para que vivamos nossa missão de sal e luz do mundo com integridade, mas também sem preconceitos.

Deus nos guie.

sábado, 2 de abril de 2011

Quando Deus fica em silêncio...


"Então veio um vento fortíssimo que separou os montes e esmigalhou as rochas diante do SENHOR, mas o SENHOR não estava no vento. Depois do vento houve um terremoto, mas o SENHOR não estava no terremoto. Depois do terremoto houve um fogo, mas o SENHOR não estava nele. E depois do fogo houve o murmúrio de uma brisa suave. Quando Elias ouviu, puxou a capa para cobrir o rosto, saiu e ficou à entrada da caverna." (1 Reis 19: 11-13)


Num tempo de tanto barulho e confusão, vozes que não cessam, relações sociais, pessoais, virtuais e um tempo que não pára, é preciso treinar os ouvidos para ouvir além do som. Ouvir o silêncio. Pois é nele que, muitas e muitas vezes, Deus fala. O silêncio de Deus não significa, necessariamente, um castigo ou um despreparo ou desmerecimento nosso de ouvir a Sua voz. Significa, simplesmente, que Ele escolhe uma brisa suave, ao invés do vento forte, do terremoto ou do fogo abrasador para falar. Assim, nossos corações é que precisam aprender a ouvir, e não o Senhor mudar o seu jeito soberano e sempre perfeito de se comunicar conosco. Somos nós que precisamos aprender a parar, acalmar, esperar com paciência e confiança. Hora de parar de gritar para poder ouvir. Ele sempre está falando.


[O grito desesperado de um Filho. O amor sempre constante e perfeito de um Pai.]

"Pai, eu sei que o Teu silêncio só me basta
Que o Teu calar diz mais do que palavras
Mas sabes, no momento, que eu preciso ouvir,
Ouvir Tua voz...

Pai, eu sei que errei e quero te pedir perdão
Talvez o Teu silêncio seja a correção
Talvez eu não esteja tão maduro assim
Pra te ouvir falar

Pai, desesperado clamo Tua compaixão
Não posso suportar a dor da solidão
Sussurra ao menos algo ao meu coração
E então, me diz qual é o meu caminho,
Minha direção
Minh'alma está gritando, pronta pra te ouvir
Renunciei minha vida e hoje estou aqui.

Fala ao meu coração as coisas do Teu coração
Se Tua palavra me fizer chorar,
Sei que é por amor...
Quebra o silêncio, então
E toca-me com Tua mão
Fala com Tua voz de Pai
Dá-me Tua paz...

.......

Filho, eu sempre estou falando pra quem quer ouvir
E mesmo se não falo, sempre estou aqui
Até quando descanso, olho por ti

Filho, se a vida te machuca sofro por ti
Carrego-te nos braços, pode crer!
Confia teu futuro em minhas mãos,
Filho meu!

Sim, esqueça o teu passado, já te perdoei
Por tantas vezes tua vida eu restaurei
Sou eu quem te renova e te faz feliz!

Não, não fique assim gritando,
Pois já estou aqui
Faça silêncio em torno do teu coração
O meu falar é baixo,
Podes não me ouvir...

Dá-me teu coração
As dores do teu coração
Se minha palavra te fizer chorar,
Saiba é por amor!

Dá-me teu coração
As dores do teu coração
Falo com minha voz de Pai
Dou-te a minha paz!

.........

Pai,
Agora eu sei que o Teu silêncio só me basta..."


[Chamando Deus de Pai - Dalvimar Gallo]

segunda-feira, 28 de março de 2011

Os 4 Pontos do Novo Calvinismo

Por Filipe Niel

No meu último post eu mencionei o tempo que passei em Orlando na conferência do ministério “The Resurgence”, e toquei brevemente na palestra do Pastor Mark Driscoll em que ele esboçou o que ele crê serem os 4 pontos do Novo Calvinismo. Vou aproveitar este espaço para apresentar em primeira mão as quatro marcas que Mark Driscoll acredita definirem este movimento sólido que vem sendo chamado de Novo Calvinismo. Se você nunca ouviu falar sobre Calvinismo, eu te aconselho a ler este e este artigo. Se você nunca ouviu falar sobre o Novo Calvinismo, eu te aconselho a ler este e este artigo.

Agora que você já sabe o que é o Calvinismo e o que é este movimento que tem sido chamado de Novo Calvinismo, deixe-me apresentar os quatro pontos que o Driscoll crê serem os definidores deste movimento.

1. Teologia Reformada: Não sei se preciso explicar este ponto, mas por teologia reformada ele quer dizer os 5 solas (Somente as Escrituras, Somente Cristo, Somente a Graça, Somente a Fé e Glória Somente a Deus) e a cosmovisão da Reforma de que existe um Deus Todo-Poderoso e Soberano, que em sua soberania escolheu na eternidade passada aqueles que seriam salvos por sua graça. Este Deus misericordioso e justo, decidiu que seu próprio Filho pagaria pelos pecados daqueles que ele escolheu para serem salvos. Na cruz, Jesus Cristo recebeu os nossos pecados, e pelo dom da fé nos é imputada a justiça de Cristo. Somos salvos não por méritos nossos, mas sim pelo que Cristo fez na cruz em nosso favor. É óbvio que a Teologia Reformada não se restringe a este parágrafo, mas estas são as linhas gerais e essenciais da Teologia daqueles que fazem parte deste Novo Calvinismo. Se você quer ler mais sobre este assunto, recomendo que você leia este artigo.

2. Relacionamentos Complementares: Aqui o Driscoll defende que homens e mulheres são iguais em natureza e valor, mas possuem papeis diferentes tanto no lar quanto na igreja. O Novo Calvinismo é composto de Igrejas, Ministérios e indivíduos que entendem que a liderança da igreja e do lar foi desenhada por Deus para ser desempenhada por homens. Ao mesmo tempo este não é um movimento chauvinista que excluí e humilha a mulher, pelo contrário, é claro aos membros deste movimento que as mulheres não devem se submeter aos homens de uma forma geral, mas sim cada uma ao seu marido. Driscoll defende que à mulher é dado o título de ajudadora, título esse que apenas Deus e a mulher recebem em toda a Bíblia. Se você quer saber mais sobre este assunto, recomendo que você leia este e este artigo.

3. Ministério Cheio do Espírito Santo: Cada vez mais membros deste Novo Calvinismo adotam uma posição não cessacionista com relação aos dons espirituais, ou seja, cada vez mais adeptos deste movimento chegam ao entendimento de que dons como o dom de línguas ainda estão ativos e podem ser dados pelo Espírito aos crentes de hoje. Isso não significa que todos os Novos Calvinistas falem em línguas e nem que todos eles sejam não cessacionistas, (na mesma conferência o Dr. R. C. Sproul esteve presente e deixou claro que é um cesacionista) mas quer dizer sim que grande parte das pessoas deste movimento crê na contemporaneidade dos dons, e que dentro das regras estipuladas por Paulo em 1 Coríntios 14 os dons podem sim estar presente na igreja cristã de hoje.

4. Prática Missional: Em resumo, isso significa que nossa vida deveria ser intencional. A decisão de onde vamos morar, onde vamos comprar pão, sair para jantar e muitas outras decisões que tomamos deveriam ser tomadas com a intenção de espalharmos Cristo na cultura em que estamos envolvidos. Devemos ler a Bíblia e o jornal do dia, e então usarmos a Bíblia como lente da leitura do jornal e como fonte de explicação das notícias do jornal. Precisamos nos engajar na cultura em que estamos inseridos, lembrando que todas as igrejas são influenciadas pela cultura, a pergunta é pela cultura de qual Século a sua igreja está sendo influenciada? Esta é a visão do Driscoll e um dos pontos definidores deste movimento chamado Novo Calvinismo, se você quer saber mais sobre o que significa ser “Missional” recomendo que você leia este e este artigo.

Estes são os quatro pontos que o Driscoll apresentou como sendo as marcas do Novo Calvinismo, ele reconheceu que nem todos que são parte deste movimento compartilham dos quatro pontos, confessou que ele e a Mars Hill tem lutado para entender e aprender o que significa ser uma Igreja Cheia do Espírito, nos chamou a aprendermos com aqueles de quem discordamos e a mirarmos nossas armas para fora do “arraial” evangélico, naqueles que são verdadeiramente inimigos do evangelho.

Espero ter sido útil.

Retirado do Blog do Filipe Niel. Recomendo!


[Lido no Blog do Pedro Pamplona. Também recomendo!]

sábado, 19 de março de 2011

BBB: atentado à sociedade brasileira!

Crônica de Luiz Fernando Veríssimo sobre o "BBB"

"Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço...

A décima primeira (está indo longe!) edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil, encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.

Dizem que Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB 11 é a pura e suprema banalização do sexo. Impossível assistir, ver este programa ao lado dos filhos.

Gays, lésbicas, héteros... todos na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterossexuais. O BBB 11 é a realidade em busca do IBOPE.

Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB 11. Ele prometeu um “zoológico humano divertido” . Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.

Se entendi corretamente as apresentações, são 15 os “animais” do “zoológico”: o judeu tarado, o gay afeminado, a dentista gostosa, o negro com suingue, a nerd tímida, a gostosa com bundão, a “não sou piranha mas não sou santa”, o modelo Mr. Maringá, a lésbica convicta, a DJ intelectual, o carioca marrento, o maquiador drag-queen e a PM que gosta de apanhar (essa é para acabar!!!).

Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível.

Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo. Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.

Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis? São esses nossos exemplos de heróis?

Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor, quase sempre mal remunerados.

Heróis, são milhares de brasileiros que sequer têm um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir e conseguem sobreviver a isso, todo santo dia.

Heróis, são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas, porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.

Heróis, são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, ONGs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna heroína, Zilda Arns).

Heróis, são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo.

O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral. E aí vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!

Veja o que está por de tra$$$$$$$$$$$$$$$$ do BBB: José Neumani, da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.

Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia, se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros? (Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores!)

Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.

Em vez de assistir ao BBB, que tal ler a Bíblia, orar, ler um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa. Ir ao cinema, estudar, ouvir uma música edificante, cuidar das flores e jardins, telefonar para um amigo, visitar os avós, pescar, brincar com as crianças ou, simplesmente, dormir.

Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construído nossa sociedade."


[Recebido por e-mail. Como não assisto esse programa, não posso confirmar qualquer informação. Mas o todo do texto tenho certeza que é verídico, seja ele do Luiz Fernando Veríssimo ou de quem for. Nossa sociedade brasileira está entrando no caos total.]


"Só tenho você..."

Vem me socorrer
[Palavrantiga]


Paradoxo do Cristianismo. Somente nele podemos ter uma Única Coisa e,ainda assim, ter tudo.






"Não tenho um tom
Não tenho palavras
Não tenho um acorde

Que me socorra agora
Tudo foi embora
Só tenho Você...

Havia um silêncio
Que mostrou os meus vícios
Me agarro contigo
Vem me socorra agora
Tudo foi embora
Só tenho Você agora...

E essa não é mais uma canção de amor
Não, não, não

Eu canto pra ti
Sei onde estou
Olhando pra mim posso saber
Que nada sou

Eu grito pra Ti 

Oh Deus, vem me socorrer!
Olhando pra mim posso saber
Que nada posso fazer"


terça-feira, 8 de março de 2011

Carta às Igrejas do País...

"Caros membros das igrejas,

Estou procurando uma igreja. Já sou crente, então posso dizer que sou uma “presa fácil”. Vocês não precisam me convencer que Deus existe ou que é importante ir à igreja regularmente. Faço parte daquele percentual estimado de 20% dos membros que se envolvem ativamente e estou disposta a servir usando meus dons. Realmente quero encontrar uma igreja (e logo), mas confesso que essa busca tem sido mais difícil do que esperava.

Vejo tantas coisas que me fazem querer virar as costas e voltar para minha casa.

Ah, sei que nenhuma igreja é perfeita. Não estou procurando por isso. Porém, tenho ficado surpresa ao ver como é difícil ser visitante, e me pergunto se vocês realmente lembram o que sente alguém nessa condição. Portanto, esta carta é só para os ajudarem a entender um pouco do que tenho experimentado enquanto vou de uma igreja para a outra.

Sei que as pessoas que estão na igreja há um longo tempo esqueceram como é difícil este processo de busca. Então, parem por um momento e me escutem. Acho que poderia dar algumas sugestões úteis para a sua igreja.

Por favor, não criem um espaço para recepção de visitantes e depois ignorem as pessoas novas quando elas aparecem. Escolha sabiamente as pessoas que vão fazer parte disso. Sei que é fácil falarmos com alguém que já conhecemos, mas realmente acho que os “recepcionistas” deveriam estar disponíveis e prontos para ajudar qualquer pessoa que aparecer para o culto e fizer perguntas.

Quer dizer, fico feliz de escutar sobre o exame de sua filha para tirar carteira de motorista durante alguns minutos, mas depois fico um pouco inquieta. Nós, os visitantes, já chegamos um pouco desconfiados, por isso não me faça esperar muito tempo para depois tentar descobrir onde fica a porta para o santuário ou saber se o café que vocês oferecem é de graça, ou não.

Por favor, não me ofereçam alguma “lembrancinha” só porque fui visitar sua igreja. Não preciso de um vale-café do Starbucks ou de uma caneta elegante. Com certeza, não quero receber uma cópia da Constituição, juntamente com um discurso de 10 minutos sobre meu dever de votar segundo padrões bíblicos e morais. O presente que vocês me oferecem parecem ser um tipo de suborno. Fazem-me sentir como se estivessem vendendo uma imagem, em vez de me oferecer um lugar para pertencer. Quero que a autenticidade e o compromisso que têm com Cristo me faça sentir vontade de voltar, não a promessa de ganhar um livro ou CD.

Não façam chantagem emocional, não apelem para meus sentimentos de culpa nem despertem em mim a ganância. Não é para isso que vou ao culto. Não me apresentem “passos” para conquistar algo que ainda não tenho, nem me envolvam em alguma campanha ou me ensinem a comprar o favor divino. Definitivamente, o que desejo ouvir é sobre o amor de Deus e o que posso fazer para conhecê-lo melhor. Poupem-me de seus discursos prontos sobre coisas que não fazem parte de minha realidade. Apenas apontem-me o caminho e se ofereçam para andar comigo por ele.

Ofereçam-me uma Bíblia, se quiserem, pois nem todo mundo carrega uma consigo o tempo todo, sabe? Deem-me informações sobre sua igreja e o que ela crê, para eu levar para casa e ler com calma. Por favor, não me tratem como a única menina em uma sala cheia de rapazes solteiros loucos para se casar. Vamos dizer que estou mais interessada em quem você é e como você me olha. Não vou assumir um compromisso antes de ter certeza que este é o lugar para mim.

Por favor, falem comigo. Não olhem para mim com ar de julgamento para só depois decidirem se aproximar. Não se esqueçam de que os visitantes não conhecem ninguém. Já nos sentimos diferentes de qualquer maneira. Aproximem-se de nós e estendam a mão. Apresentem-se. Perguntem alguma coisa. Nada é pior que passar mais de uma hora cercado por pessoas e ver que ninguém fala com você.

Por favor, incluam em seu site informações sobre como é a sua igreja. Eu preciso saber como me vestir e se meus filhos terão um espaço separado ou não. Gostaria de saber mais para estar preparada caso precise entreter meu filho pequeno durante os 45 minutos do sermão.

Por favor, não me obriguem a preencher um cartão de visitante. Não me obriguem a fornecer qualquer tipo de informação. Não fiquem ofendidos nem insistam se eu me recusar a fazer isso. Não quero ferir os sentimentos de ninguém, por isso não me façam inventar desculpas. A verdade é que não estou interessada em preencher nada até ter a certeza de que sua igreja pode ser uma boa opção para mim.

Sei que temos muita coisa para fazer. Sei que as pessoas estão ocupadas na manhã de domingo tentando levar os filhos para a Escola Dominical na hora certa ou tentando terminar a conversa no último minuto antes de o culto começar. Sei que vocês querem que mais pessoas venham e participem de sua igreja. Estou apenas tentando ajudar, tentando lembrar-lhes como se sente quem está do “outro lado”.

Obrigado a todos vocês que realmente nos acolheram, nos levaram para o santuário, pararam para falar conosco e nos apresentaram aos outros membros. A bondade de vocês nos conduziu à presença do Senhor, e somos gratos por isso.

Eu te amo, igreja. Realmente amo.

Sua irmã que está buscando,

Mentanna Campbell."

[Tradução do #Pavablog, lido no Blog Profetirando]

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Com certeza, aquilo que muitos cristãos, hoje em dia, gostariam de dizer!


Como todas essas coisas são verdade! E, pior, como NÓS, que já estamos congregando em alguma igreja, nos esquecemos de tudo isso com mais facilidade do que deveríamos! Isso tem a ver CONOSCO, não somente com o “Pastor” ou o “irmão da recepção”. Tem a ver com olhar para o outro, aquele que nos visita, e ver nele um IRMÃO, e não um “estranho”. Porém, muitas vezes, não conseguimos enxergar o outro dessa maneira nem mesmo quando já o encontramos todos os domingos em nossa igreja, quanto mais quando nunca o vimos e ele chega, repentinamente, para uma visita.

Tem a ver com nossos olhos, a visão que temos das coisas. Relembrar que somos membros do mesmo corpo, membros da Igreja de Cristo e que, nesta Unidade, somos todos iguais! Não há melhores nem piores. Ninguém que precise mais ou menos da graça de Deus. Somos iguais!

É o que precisamos relembrar.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Cristo move as montanhas...

Este é o vídeo oficial da Campanha de Missões Mundiais da Convenção Batista Brasileira, com a música-tema de 2011. Todas as vezes que escuto essa música e vejo essas cenas, meu coração todo se destrói dentro de mim. Minha fé é renovada, meu amor pelo Senhor, minha confiança nEle e minha vontade de que outros e outros e outros também conheçam a graça do Pai! Temos um Pai tão maravilhoso e cheio de glória! Temos um Salvador transbordante de amor! Sim, Ele é quem move as montanhas! Ele tem poder para salvar!

Aleluia! Glórias a nosso Rei Jesus!

Que o mundo inteiro conheça Seu amor perfeito!